sábado, 31 de maio de 2008

Maria dos Pubianjos

Sem mais nem menos, toca o sino que deveria ter escorrido do tempo a muitos milhões de anos atrás. Eras atrás. Eras frente. Eras costa. O tempo escorria pelas pernas de Maria Pubiangel. Era tempo demais. Muito, muito tempo. Eternidade. Era. Nunca vi tanto tempo escorrendo pelas pernas de uma mulher. Uma verdadeira cachoeira. Até posso avistar o Pica-Pau descendo, dentro de um barril. Muda o canal pro sete. Agora vejo mais que tempo em suas pernas, querida. Vajo Temperatura Máxima. Uma sessão tarde demais, quente demais. Um rio de sessões de gala mudando para o canal 10. Eles mostram o tempo voltando o caminho, percorrendo os caminhos do coração. Quando entrardes em meu coração, verás uma pequena televisãozinha, que só está lá para mostrar que a minha forma de amar é totalmente mediada pelos veículos de comunicação, gata. E digo mais: estou me preparando para a entrada da TV digital. Vai ser uma entrada super gostosa. Entra e sai, entra e sai, calma, não pensa besteira, eu tô falando do fluxo comunicacional emissor versus receptor. Eu tô falando de sexo. Vivemos numa suruba gigantesca, onde todos nos comemos, e nos alimentamos dos próprios restos antropomortais.

Desliga a TV. Lê um livro. Vai se masturbar. Vai nutrir um amor qualquer por alguém. Vai quebrar a cara. Vai correr no bosque, vai sentir o vento no rosto, a terra molhada nos pés, va sentir uma indiazinha pelada roçando no teu cabo transmissor. Manaus , aí vou eu.

3 comentários:

Brunno Apolonio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Brunno Apolonio disse...

dei valor nos teus discursos, rapaz.

abraço.

Anônimo disse...

eu gostei daqui ein.
=]