terça-feira, 17 de junho de 2008

Aquelas coisas de sonho sabadinal

Consigo pensar que a culpa sempre foi minha.
Seu sorriso sacana profissional até parece bonito daqui.
Trinta mil portas se fecharam pelas minhas costas, cada canto do meu quarto está imundo.
Mas desde que te conheci só quero arrumar meu paladar e inventar a desculpa de perguntar as horas pra manter contato.
Aceita passar a insônia na sorveteria? Serei o sorvete de manga e você o de menta.
Quero gargalhar vendo as palmilhas dos nossos tênis encharcadas pela chuva.
Agrada-me aquela atmosfera de pés na grama. Vivas ao anagrama de ROMA.
Verdadeiro ou falso? Na frente da sua cara ouço uma batida oitentista.
É verdadeiro, é veraneio. Chegou o tempo perfeito de pôr camisetas no varal e entender que a bondade cabe na xícara de chá das oito.
Aposto que o espelho da Branca, aquela de neve, está pronto pra contar o que a tempos eu enxergava.
Quando chegas falta em mim cartas na manga, manga da manga e não manga da blusa.
Todo o repertório musical das mentes próximas toca em minhas mãos, nervoso.
Prepare os óculos escuros, pegaremos a estrada, Bonnie e Clyde bonzinhos, vento nos cabelos e os clichês da vovó no porta-malas.
Todo tempo sempre tempo de piscinar em batatas fritas e todo creme será de maçã.
Ofereço-te a frase mais pós-moderna e romântica: Fica aí oras! Toma um suco comigo.

Nenhum comentário: