quarta-feira, 9 de junho de 2010

É uma pena.

(Por Haroldo França)

Ninguém pode perder as incríveis promoções que transitam entre os gols do Brasil na copa e a máxima do feudalismo burguês. É uma pena. É uma pena que ninguém seja capaz de entender que tudo isso é apenas um  meio para se chegar ao ápice do freudianismo alemão condensado como bolhas viúvas de sabão. Quem faz sabão com as viúvas? A resposta é simples; Quem as come. E quem come sabão, meu rapaz, não é digno de confiança. Doravante, existem pequenas glândulas mamárias em minha cabeça que eu gostaria de tirar ATRAVÉS (sim, eu gosto de usar esse termo) de cirurgias plásticas. Se conseguir meu salário mínimo, farei não apenas um maravilhoso cruzeiro pla África, mas também maravilhosos dólares. Pegarei todo esse dinheiro e farei muitas cirurgias plásticas na minha vida, sem anestesia.

-Boa tarde, doutor.
-Qual a sua graça?
-Valdomiro Diniz.
-É um belo nome.
-Melhor ainda é o nome da minha mãe: Cocota.
-Tenho em me jardim uma bela plantação de cocotinhas.

(os dois riem de lado)

-Então, Vavá, me diga, o que está acontecendo?
-É a minha vida, doutor...
-Realmente, vejo que há uma pequena assimetria...
-Preciso dar uma recauchutada geral.
-Acho que aqui, na mãe, podemos cortar um pouco de excessos. Nas filhas, um pouquinho de silicone não faria mal. Faremos também uma vaginoplastia em seu avô.
-Mas ele está morto.
-Por isso mesmo! E suas tias serão amarradas com fio russo.
-Está certo disso?
-Posso perguntar?
-Risos.
-E aqui, nas suas covas, colocarei uns punhados de terra, e embaixo deles estará o cadáver.
-Que cadáver?
-Aquele, que te pegou atrás do armário!

E assim caminha a humanidade. Pena.

2 comentários:

Monique Malcher disse...

posso imaginar milhares de coisas que são realmente uma pena :/

Anônimo disse...

E QUEM vai entender? =]

(muito bom!)