segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Poema de alguém que morreu para alguém que nunca existiu e está completando 20 anos

“(Paradoxo)...!Versos assombrados”

Meu último poema eu dedico a ti,
Meu primeiro, eterno e maldito amor...
...A ti...
...Demônio que o Paraíso habita...
...A ti...
...Fantasma que em minhas Visões ressuscita...
...A ti...
...Divina Sedução maldita...
...A ti...
...Fogo que arde em cada Ferida...

...A ti...
...Só queria dizer...

Fora daqui!
Fuja de vez de minha vida!
Em minha razão não há mais espaço pra ti!
(Mas metade de meu coração é só teu, querida...)

Deixe-me em paz!
Pois não agüento mais
Suas Lágrimas em meus ombros...
(Eu te liberto da Gaiola dos meus Sonhos!)

Já não suporto!
No Mar de tua boca me afogo,
Náufrago de teu corpo, perdido sem pudor !
(E quero me perder para sempre, meu amor...)

Chega!
Chega de tentar ressuscitar as Ruínas de mim!
Mesmo sabendo que nossas Fortalezas não têm fim...
(E que eu desmorono totalmente quando me beijas!)

Como é difícil ter que odiar tanto te amar!
(Você pode até imaginar...)

E por mais terrível que seja admitir
Por mais inevitável que seja chorar
Eu preciso confessar...

...A ti...

...Que sou escravo do teu olhar!
...Que tua alma os meus Sonhos invadiu
(E com mil demônios, esse desejo me possuiu!)
...Que meu relógio parado não merece atrasar de Luto...
Pois só a tua falta converte um segundo em 60 minutos...
(Mas basta a tua presença para descartar a Eternidade!)
...E que parece um Milagre
Quando tua Imagem me cura
Depois de tanta Tortura
E que por mais que eu procure

Nem no céu hei de encontrar Brilho maior
Que o de tua Estrela, que agora brilha tão só
(de)Cadente
No Céu escuro
De meus Olhos doentes
E
                  Chove...
                                  Chove...
Mas por mais que eu chore,
Sempre trago em cada Trovão
A Tempestade de nossa Paixão
E mesmo agonizando no meio da Lama
Encontro o Arco-Íris entre os lençóis de tua cama
E é sempre o teu nome que eu chamo
Quando arde o Brilho de nossa Chama...

Porque eu te amo!

(Não! O que estou dizendo?)
Condeno à Morte esses sentimentos!

Nossa Chama se apagou
Na Vela que se afogou
Com o barco de nosso Cruzeiro Infinito,
Antes de conhecer o Inferno paradisíaco

Morreram nossos Corações
E Afundaram nossos Caixões
Perdidos para sempre num Oceano vazio
Cadáveres inertes se Amando no Frio

Sou Ruínas de pedra
Um morto-vivo
Que vive em Trevas
E morre contigo

Pois nem se o céu se abrisse
Se nos encontrássemos no Apocalipse
Na Terra, surgiria uma fenda
Pois agora, nosso Arco-Íris é lenda!

(Melhor dar “à Deus” à nossos momentos...)
Teu choro é Fonte do meu desalento!

Pois sei que agora estás distante
Em busca de seus sonhos
Abriste mão de nossos planos
E te perdi num instante!

Mas levaste consigo metade de mim!
E quando eu pensar que não vou resistir
Os olhos fecho
E por inteira te vejo
Ainda posso te sentir
Sim...

O calor de teu corpo a me apertar...
“Promete nunca mais me largar?”
Os rodopios tontos de nossos abraços,
A embriaguez natural de nossos amassos,
O nado sincronizado de nossas línguas...
O brilho envolvente de seus dentes famintos,
A sensação arrepiante de tuas mordidas,
E sua Luz me levando ao Infinito...

...O Infinito...

...Lá...
...Onde nossos lábios se encontravam...
...Lá...
...Onde nossos beijos se encantavam...
...Lá...
...Onde nossos olhos se perdiam...
...Lá...
...Onde nossas pernas se confundiam...
...Lá...
...Onde deixei minha Ilusão...
...Lá...
...Onde não existe razão...
...Lá...
...Onde saciava os meus anseios...
...Lá...
...Nos teus seios.

O Infinito...
...Perdido...
...Dentro de Mim...
...Lá!

E aqui, só me resta a infinita Dor
Entregar-me de vez ao pranto sem Sabor

Náufrago desse Cruzeiro maldito,
Perdido na Tempestade de meus Olhos nublados,
Sob as Ruínas de nossas Fortalezas assombradas...

Inerte... vítima de Sonhos invadidos...
Possuído... escravo de um Olhar congelado...

E estarei eternamente voltado para as estrelas
Esperando por ti...
E assim como a 606 anos,
Esperando por ti...
Aprisionado na Gaiola dos teus Sonhos,
Esperando por ti...
Apodrecendo entre as ferrugens do teu Olhar...
Esperando por ti...
Em nome desse divino Desejo maldito,
Pois sei que também estarás em algum lugar, a me esperar...
...Lá...
...No Infinito.

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