Suprimidos gritos desafogados, suplicando carências de água oxigenada nos cabelos de Virgínia. Assim era Mafalda, escalafobética, consumidora de Brasis, Argentinas, e muita sofreguidão. Mas a vida é moinho. Mascando. Mascando Virgínia. E os jornais, todos, não cansavam de mastigar sua vida: Ela vai se casar. Assim era Virgínia. Sua vida na morte.
Virgínia amava Mafalda. Ela lembra. Lembra que tudo mudou. A donzela casou. O menino morreu. O beijo arriou, o toque escureceu, a dança virou coreografia. Pura marcação, sem sentir.
-Sente que aqui, em meu enredo, o que pulsa é a vitalidade do existir.
-Lembra que aqui dentro moram os teus moinhos de ventos, quardados numa câmera em minha cabeça.
-Mas tua vida não é mais do que espera, e teu corpo não é mais que areia?
-É tarde demais. O projétil voltou. O feitiço se virou contra mim.
Bumerangue tascar na TV, vai quebrar a tela... Que triste caminho.