De repente vejo uma estrada longa, infinita, escura, levando a lugar algum. Caminho enquanto penso que aquele lugar é um lugar de transição, de chegada, de partida, de mudança de estado. De mudança. Ando, ando, com a sensação de que não vou chegar a lugar nenhum, mas ao mesmo tempo tão, tão longe!
É como se sentir engolido pelo poder surreal do acaso, essa força violenta de deslocamento, de giro e de loucura que a vida dá às vezes, ao abrir um breve parêntese em nós (e isso é encantador).
Mas vamos ao que me interessa. Nessa estrada, quando me dou conta, não são só os meus passos que eu escuto. Existe a presença de alguém junto, alguém perto, alguém que de certa forma tá sempre, sempre perto. Tão perto, a ponto de ser dentro, e de ser morada.
És tu.
5 comentários:
objetivo e surpreendente.
Curti.
esqueci de assinar! :)
Carol, aí em cima
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