sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Mosquito
Enquanto Cecília digitava uns mil e quatrocentos toques para aquela pauta chata de quarta-feira, ouviu aquele "zum" perturbador. Era aquele zunido em branco, invisível, mas que nunca passava despercebido.
Pssssss.
Zummmmmm.
Clap!
Não morreu. Mosquito safado.
Aquela dor pequena e insuportável chegava a ser angustiante. A alergia não ajudava. De repente vinha a coceira. A perna direita cheia de marcas vermelhas e avantajadas. Não sabia o porquê da obsessão pela perna direita!
Teve uma revelação absurdamente inteligente: "por que não uso o repelente?". Cecília correu e alcançou o vidrinho de repelente antes que o mosquito tivesse a ideia de picá-la novamente. Espirrou nos lugares favoritos do vilão e, quando chegou na perna direita, conseguiu enxergar aquele pequeno ponto vindo em direção à ela.
Lá vinha ele de novo. "Dessa vez eu consigo te ver, safadinho. Vem cá, vem. Vem cáááá"- PAF!
E lá se foi uma vida de provedor de pequenas angústias e desesperos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário