Era
uma quarta-feira qualquer. Metade da semana. Os dias parecem mais bonitos
depois dela, a quarta-feira. No balançar das minhas mãos, sinto o vento correr,
gracioso, por entre meus dedos. Sem o frio, sinto a brisa lavar meu corpo do
calor do sol forte.
Meu
rosto gosta de sorrir. “É melhor do que chorar”, pensa.
Logo
meu cérebro cantarola uma música que me dá vontade de cantar. Penso nas pessoas
ao redor. Todo mundo ia olhar. Porque olham? Seria inveja, repressão, vontade
ou o que? Quero cantar. Meus fones de ouvido cantariam comigo em uma
musicalidade singular e solene. Vou cantar.
Na
medida em que verbalizo cada nota, meu sorriso se expande. Meus dedos dançam
junto com o vento e minhas pernas tornam-se saltitantes. Pulo em um banco de
pedra. Canto algo em algum canto alto. Canto alto. Tão alto que não consigo
ouvir minha voz. Os fones de ouvido compartilham o volume comigo, apenas.
Já
nem percebo os olhares – e olha que são muitos. Respondo cada um com um sorriso
corpóreo. Sorriso em
movimento. Beijos em movimentos. Abraços sorridentes de
liberdade.
Hoje
é o meu aniversário.
Um comentário:
Paa-rabéns
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