terça-feira, 4 de junho de 2013

Terço

Por Delianne Lima

"Vamos lá, Senhor Copack. Me venda só mais uma. Só mais uma, vá", implorava a Senhora Custódia, como de costume.
Todos os dias era a mesma coisa: Custódia esquecia do que já tinha feito e elucidava sempre as mesmas questões. O Senhor Copack, encarecido, topava a reencenação cotidiana. Era quase como uma reza, bem estruturada e repetitiva. Dona Custódia era o terço que Copack não tinha.

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