sábado, 11 de dezembro de 2010

Sobre Pieguice e Magia

Por Haroldo França

Pela janela, uma corrente de ar me acaricia. Fecho os olhos, e sou transportado para um novo mundo. Os pássaros, que namoram os edifícios, sabem do que eu estou falando. O Sol, que lambe os telhados, entende como eu me sinto. Eu me sinto tão bem. A brisa, beijando o meu rosto, me confidencia que há um novo amanhecer, um novo dia, uma nova vida pra mim.

Não é algo que se possa expressar em palavras. Talvez em um profundo e aconchegante silêncio, que traduza o sabor de um encontro mágico entre olhares. Os peixes no rio, quando nadam, entendem do que eu estou falando. O rio, quando corre livre, sabe o que eu sinto. Libélulas urbanas se divertem, percebendo que eu finalmente entendi. Agora, sou parte disso tudo. Sim! Agora, sou.

A chuva desce sobre o asfalto em câmera lenta. Desliza sobre ele de modo sensual, deixando mordidas suaves no caminho. O orvalho das folhas, no dia segunte, não me deixa mentir. As flores desabrocham e entendem como eu estou me sentindo agora. Borboletas, então, sapateiam pelos ares. Dançam, como se ninguém as pudesse ver.

Eu me sinto tão bem! Estrelas no céu sorriem, deslumbradas. Este velho mundo é um mundo novo. Um corajoso mundo. Um ousado amanhecer de um novo dia. Uma nova vida pra mim.

Um comentário:

Evimarcio Aguiar disse...

It's a new day for us. It's a new life for us. Ooh... And I'm feeling good too.