sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Do findar-se

(Por Leandro Oliveira)

É um não querer, mais que bem querer, ou não querendo de fato. Ele insiste sempre naquilo que de cara não gosta. Tudo que é gelado, gosto amargo, dá coceira quando jogado na cara. Não se sente parte, não se encontra, mas alguma coisa o prende aquela realidade que findara só então.

Findou. Acabou. Escafedeu-se. Passou. U-HUL!

Estranho foi passar aquele tempo ali, semi-inerte, com a sensação de que frutos poderiam ter rendido em outra plantação. Ah, vício de insistir em qualquer coisa que não se sabe onde pisa. Dá nisso. Esse querer – não querendo. Essa vida de mão dupla. Essa agonia.

Mas agora teve fim. Puf. Créu. Ping. Pong. Bluft.

Opa! Escorreu das mãos que quase não se possui um insistir. E este, tão viciado nisto, aprende hoje que desta vez não. Jamais. Não se pode. Não se mede nem define. Não vai.

O insistir deste jovem mancebo de bochechas rosadas, sorriso espontâneo e caráter duvidoso volta o seu canalizar, após longas madrugadas vagas, aquilo que sempre: a) Movimentou. b) Impulsionou. c) Alavancou. d) Amou.

É isto, não-querer. Falou pra ti. Dê-me uma ponte à paixão e eu te darei o mundo.

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